quarta-feira, outubro 12, 2005

De um momento para o outro, todas as profissões são de "desgaste"!

Agora com a idade de reforma a aumentar, todos os sindicatos procuram extenuantemente factores pelos quais possam indentificar as suas profissões como "de desgaste"!
Por favor, alguém me explique se há profissões que não sejam "de desgaste"! é que tanto quanto sei, uma pessoa emprega-se, trabalha durante vários anos e para além do cheque ganha: dores na costas, dedos estropiados, dores de cabeça, "alcatrão" nos pulmões (com ajuda do tabaco ou não), fracturas nos braços, um pó ao chefe que nem é bom pensar, etc.

É claro que algumas profissões também cansam psicológicamente, e nem isso espero questionar, mas será que o desgaste psicológico tem de ser privelegiado face ao desgaste físico? Sinceramente, não vejo porquê!

Quando alguém vir um trabalhador de uma linha a chegar a casa com tantas dores nas costas que nem se consegue levantar para dar uma voltinha e descomprimir a cabeça, acho que vão perceber que também não é nada fácil.!

É que sinceramente, daqui a pouco, os arrumadores começam a pedir reforma e antecipada por terem de sofrer com insultos todo o dia! Isso sim, deve ser muito complicado.

Expliquem lá a greve dos enfermeiros... é que, sinceramente, eu não percebi!

1 Comments:

At 10:51 da tarde, Blogger @ said...

Está na moda as greves e os sindicatos inventam sempre algumas desculpas para as fazer. As pessoas sedentas de melhores condições de vida (sejamos realistas, nunca estamos contentes e achamos sempre que poderíamos ter mais e melhor!) vão para as ruas e não trabalham. O país produz menos, aumenta o défice, o cinto aperta, as empresas mudam-se para países onde a mão-de-obra fique mais barata aos empregadores. As pessoas "vão para a rua", vão fazer reclamações aos meios de comunicação social, os filhos ficam sem ter que comer, abandonam a escola para irem trabalhar e porque "os livros estão caros e não tenho como os pagar (que até pode ser verdade)mas... ele nunca deu prós estudos. É muito puxado pra cabeça dele!". E de um modo exagerado vemos o estado deste país.E depois lamenta-se que "apesar de ter pouco sempre era algum e agora o desemprego... emprego não tá fácil".
Não digo que não se deva lutar pelos direitos, mas não sei se a greve não será mais moda que uma convicta forma de luta.

Veja-se o caso das greves japonesas. Os empregados no dia de greve continuam a trabalhar (porque dizem eles que é um dever e direito a ganhar aquele dia de trabalho!)mas com uma faixa preta num dos braços. E elaboram cartas de reinvindicação conjunta para as chefias.Em reuniões discutem-se contrapartidas e alternativas.
enfim... outra cultura!

 

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